Los inicios de la literatura catalana y sus relaciones culturales con la tradición hispánica

LOS INICIOS DE LA LITERATURA CATALANA Y SUS RELACIONES CULTURALES CON LA TRADICIÓN HISPÁNICA

por Òscar O. Santos-Sopena
Member-Contributor of the North American Academy of the Spanish Language (ANLE)
Assistant Professor of Spanish and Comparative Literatures
Department of English, Philosophy and Modern Languages - West Texas A&M University
http://www.about.me/oscarsantossopena

Comité de Redacción Quaderni Ibero Americani - Coordinador del blog DUENDEQUADERNI
http://www.quaderniberoamericani.org/comite-editorial
http://duendequaderni.blogspot.it/


En la primera mitad del siglo XII aparece un fragmento de una traducción del código de leyes visigóticas titulado Forum Iudicum. Éste junto a Les Homilies d’Organyà, un sermón con glosas fechado a finales del siglo XII, se convierten en los dos primeros textos encontrados en lengua catalana.

El catalán se convierte en lengua literaria, igual que su cultura en un elemento a expandir por los territorios del mar Mediterráneo. Llega a esta literatura la prosa histórica medieval con la figura de Jaime I “El Conquistador” (1208-1276) y su obra: Llibre del Feyts (1327). Primero, por la innovación en género y estilo que suponen estos orígenes y este texto de carácter autobiográfico. Segundo, por la formación de una nueva perspectiva europea que ofrece una nueva conexión occidental y la introducción de las corrientes del momento.

En este contexto surge uno de mis últimos proyectos: Monzón como emblema cultural (2011-12). Un video documental que traza las relaciones culturales, artísticas e históricas existentes entre dos de las literaturas mediterráneas-europeas más importantes: la hispánica y la catalana. Ambas culturas se nutren, la una de la otra, durante la Edad Media y el Renacimiento para crear figuras híbridas y pluriculturales como es el caso del monarca aragonés. Con este proyecto pretendemos ver las correspondencias existentes entre ambas culturas y literaturas, y ver cómo aparecen personajes y autores históricos que sirven de puente y diálogo. La ciudad de Monzón, en Aragón a penas 20 minutos de la frontera con la región catalana, es un ejemplo esencial de sincretismo cultural. Nuestra investigación se basa en la imagen que muestra el paso del rey aragonés por el bastión de Monzón. Gracias a la iconografía del castillo y a una serie de entrevistas se proporciona una visión única, innovadora y diferente de la ciudad y el castillo de Monzón, de la importancia y la trascendencia de la región del Cinca Medio y, por último, el vínculo existente entre la cultura catalana e hispánica.

A su vez esta investigación proporciona un nuevo debate sobre la conexión y diálogo entre lugares, personajes y acontecimientos históricos. Con este estudio cuestiono algunos de los planteamientos que muestran el olvido del castillo de Monzón en la Corona de Aragón. Mostrando por medio de este documental, y con su estudio-guía de visionado, el papel crucial de esta zona de la provincia de Huesca para la Corona de Aragón. Un lugar para no olvidar.

(Extracto del Proyecto Documental – Monzón como emblema cultural)

Para más información del proyecto documental consultar:
http://monzonjaimeconquistador.tumblr.com/post/14711227150/monzon-la-ciudad-que-impacto-en-la-formacion-de

Monzón la ciudad que impactó en la formación de Jaime I.


Video-Documental sobre Jaime I y su paso por la ciudad de Monzón. Versión educativa. Guía Visionado.
http://www.cehimo.com



Lusofonia ou lusofilia?

Lusofonia ou lusofilia?

Regina Célia Pereira da Silva
Università degli Studi l’Orientale di Napoli

Nos passados dias 23 e 24 de setembro realizou-se, em Lisboa, um simpósio internacional no âmbito das celebrações do Ano Portugal-Brasil/Brasil-Portugal que reuniu vários investigadores e especialistas da lusofonia: académicos, estudiosos, escritores, tradutores e artistas provenientes da Europa, África e América. Este encontro, foi organizado pela Universidade ILusófona – Instituto de Línguas da Universidade Lusófona e Conselho Superior Académico do Grupo Lusófona de Lisboa.

A complexidade das temáticas abordadas contribuiu, sem dúvida, para uma profunda reflexão sobre o conceito de lusofonia, visto que, falar hoje de Lusofonia significa escancarar uma janela sobre o mundo, por vezes desconhecido. De facto, é necessário libertar a mente de preconceitos, ideias e noções preestabelecidas e confecionadas de modo a penetrar de forma completa e transparente no ‘outro’ para poder penetrar no estudo profundo de tal conceito. Além disso, lusofonia é sinónimo de multidisciplinaridade, campo de pesquisa que pretende conquistar um lugar e visibilidade na vida e estudos linguísticos, históricos, antropológicos e socio-culturais contemporâneos. Trata-se de uma questão transversal a todos os países onde a presença lusa se fez e faz sentir, (positiva ou negativamente).

A palavra lusofonia, começou por ser relacionada com a língua ou com o espaço onde se falava ou fala português. Tal conceito, no entanto, não pode ser destacado daquela carga messiânica de que se encontra impregnado e que, de certa forma, ajuda os portugueses a sentirem-se cidadãos do mundo. A lusofonia resulta da expansão portuguesa e, de tudo o que ela implicou, no mundo, por isso, aparentemente garante um futuro, róseo ou não, aos portugueses. Neste sentido, os novos estudos procuram esclarecer e dissimular os factos do passado sem eliminar absolutamente os traços deixados nos séculos.

Este ano realizamos um Clube de Leitura Latino-americano e Portoghese, na Biblioteca Nazionale di Napoli cuja finalidade era exactamente “Ler Lusófilo”. Estes encontros mensais, iniciaram com a leitura de um autor lusitano – José Saramago, passando por um angolano – José Eduardo Agualusa e um brasileiro – Jorge Amado, enriquecendo a bagagem cultural de todos aqueles que participaram.

Após a minha recente participação no colóquio de estudo ‘Pós-lusofonia: línguas, literaturas e identidades’, é impossível não recordar aqui uma interessante conversação tida com o jornalista e escritor Pedro Rosa Mendes, em Nápoles. Falava-se sobre a questão da presença dos portugueses em países orientais, mas onde a colonização e o império não se implataram ou simplesmente não existiram (é o caso do Japão, Vietname, Camboja, entre outros). Apesar disso, a influência da cultura, língua e mentalidade lusitanas é evidente ainda hoje e pode ser identificada, deixando traços nas culturas locais. È neste sentido, que pensamos que o conceito de lusofonia poderá dar lugar ao de lusofilia, isto é, tudo aquilo que - diz; lembra; é; se refere; identifica; é raiz - do sistema socio-cultural português (país de partida) e faz parte dos sistemas culturais ou linguísticos dos países de chegada. Sementes de portugalidade positivas ou não. Cripto-lusophilias!

Estas, são apenas algumas linhas de reflexão que abrem um amplo horizonte de discussão e que alargam a curiosidade dos leitores e as fronteiras da investigação científica no âmbito dos estudos portugueses e lusofónos.


Esta reflexão fez nascer em mim o seguinte poema:



Cripto-lusophilias


Alma generosa
desabrocha colorida
do profundo de uma rosa
e procura incansável, alegria.

Parte numa caravela
num oceano desconhecido e agitado
apesar do nevoeiro, ela
entrevê terra. O lugar sonhado.

Ancorada a nau
desembarca e entra em relação
enriquece-se. Senta-se num calhau
e deixa-se deslizar por entre a multidão.

Rostos diferentes! Observa.
Cores garridas, vestidos originais.
Idiomas variados, objectos tradicionais...
Lindo de morrer. Cultura nova.

Passam horas, dias, anos. Vida.
Dar, conceder, deixar, perder
alma vazia, completamente absorvida
débil, oca sente que vai desaparecer.

Estende-se o mar
para além ds fronteiras
une sem conformar
as diversas culturas.

Renasce a alma na multicultura
nem tétum, quimbundo, guarani, tupi ou lusitano
nem sequer crioulo, goês, malaio, javanês ou indonesiano.
Alma lusa ou lusophilia pura?